028: Hip-Hop ou Rap? - Parte 2: O Hip-hop

Ao falar em hip-hop, a primeira coisa que vem à mente é a música alta. Mas hip-hop não é isso, ou melhor, não é só isso.

Hip-hop é uma cultura, é um estilo de vida. Roupas caras, boné virado para trás, calças largas, tênis arrojados e correntes de prata não tornam a pessoa inserida nesta cultura. O hip-hop, por ser um estilo de vida, precisa ser vivido e encarado como algo sério.

Esta cultura nasceu no Bronx, bairro pobre de Nova Iorque, por volta dos anos 60. O "pai" do hip-hop é Kool Herc, embora muita gente considere Afrika Bambaataa como tal (irei falar sobre ambos na 3ª parte. O objetivo dessa cultura era salvar as pessoas que estavam inseridas no poço sem fundo que as drogas proporcionam, ao mesmo tempo que tentavam diminuir a violência no bairro do Bronx, promovendo a competição entre as pessoas, mas com criatividade e não com violência.

Esta competição seria a forma de cada um se expressar, sem usar de meios como a violência ou as drogas para se destacar na comunidade.
A expressão pessoal vinha dos 4 elementos que compõem o hip-hop, são eles: DJ, MC, Break Dance e o Graffiti. O hip-hop, pelo seu objetivo de preocupação com a comunidade, foi absorvido como algo positivo e as pessoas logo mergulharam nessa maravilhosa cultura que estava surgindo, acabando por aprimorarem-se cada vez mais nos seus elementos. Ao buscar a perfeição dos elementos ou a satisfação pessoal, elas acabavam incorporando seu próprio estilo em cada um deles, levando-os à diversificação e aumentando a sua qualidade. Esse novo modo de pensar e se expressar se tornava cada dia mais importante para as pessoas que viviam no Bronx, espalhando-se por muitos outros guetos de NY.

Na parte 3 falarei um pouco mais sobre os elementos do hip-hop.